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MUNDO
Esta última cimeira do G20 em Toronto terminou com um forte apelo à redução dos deficits fiscais durante os próximos anos. O objectivo é reduzir os deficits em 50% até 2013, com particular incidência nos países desenvolvidos (PIIGS), enquanto para os países emergentes o apelo é uma mera indicação. Não constitui nenhuma surpresa que o apelo seja mais forte para os países desenvolvidos porque foram precisamente estes que incorreram em maiores deficits para lutar contra a crise.
Os ataques especulativos contra a dívida soberana Grega, Espanhola e Portuguesa, obrigaram o reforço das medidas para reduzir os desequilíbrios fiscais, as mesmas medidas de contenção já tinham sido adoptadas pelos restantes grandes países da UE. No entanto, não assistimos ao mesmo esforço nos Estados Unidos, onde muito do ajustamento continua por fazer. Enquanto, os países emergentes encontram-se em melhor situação, com fortes crescimentos económicos e com deficits menores. Os elevados deficits conjugados com a necessidade da sua redução fiscal conduziram-nos a um dilema, uma politica fiscal restritiva provocará abrandamentos no crescimento económico. Perante crescimentos tão reduzidos como existem em certos países há o receio do ressurgimento de uma crise em W. Por essa razão, existem vozes que também defendem que os ajustamentos devem ser mais lentos para precisamente evitar o reaparecimento de uma outra recessão. Foi por está razão que a data de 2013 foi aprovada, apesar de muitos países, já terem adoptado politicas restritivas para atingirem os seus objectivos de ajustamento o mais rapidamente possível, mesmo incorrendo num risco de abrandamento económico. Miguel Amaral
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Nouriel Roubini tem afirmado há algum tempo que a recuperação nas Bolsas não é sustentável porque não tem obedecido aos fundamentais do mercado, defende que têm uma natureza mais especulativa que resulta das medidas de flexibilização monetária dos bancos centrais que têm injectado imensa liquidez nos mercados e também devido as politicas orçamentais expansionistas adoptadas pelos governos. O economista alerta, quando os governos e os bancos centrais retirarem as políticas expansionistas, irá sentir-se um forte ajustamento nos mercados. O gráfico que apresentamos ilustra precisamente está situação, uma forte recuperação do mercado acompanhado de um violento ajustamento. Miguel Amaral |